ADRO

ADRO

 

Ainda é noite nos meus olhos,

O sol teima em arrancar-me à morte

A que me entrego em esperança fingida.

 

A indiferença das vontades prisioneiras do conteúdo dos sacos de plástico

Que o corpo carrega contente

Como extensões com que a natureza o dotou

Castiga as tentativas de me arrancar ao degredo.

 

Acabou a missa,

As almas benzidas fundiram-se com o bafo a álcool,

Eu assisto ao arraial consciente da minha transparência.

Não pequei menos na renúncia ao copo de vinho

soneto

Deixa em meu leito teu corpo cansado
Das horas aprazíveis que vivemos
Na ilha de lençóis, que desfizemos
Por amor, com raiz de aço forjado.

És lua, és luar, se às escondidas
Despes o manto que te cobre o corpo,
És o sol, se descobres o teu rosto,
És mulher e possuis toque de Midas.

Se me tocas, por certo não sou oiro.
Posso ser tudo aquilo que quiseres,
Escolhi-te entre todas as mulheres,

Aos meus olhos és mais do que tesoiro.
Tocas-me e como abelha beija a flor,
Transformas desafecto em puro amor.

Nostalgia

                         Quadras------  Nostagia-----Turbilhão

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                                           Deixe-me ficar assim

                                            No meu universo,sem rastros

                                            Sem o verso, sem ti, sem mim

                                            Apague tudo, não quero nem traços.

 

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Nosso sonho

Dentro de tantos risos oportunos,
Sei também que existem tempos importunos,
E surge a coragem de prosseguir.
E junto a infelicidade e o riso de viver,
o amor me acena...
Esperando que participemos da próxima apresentação,
Que ficará em cartaz por dezenas de anos
Ou até quando a carne suportar a imperfeição deste sistema.
Condenado, meu coração tem que te levar para sempre,
Minha ordem pra ele é:
Conduzir-te sempre bem, esperando que não esconda suas lágrimas eu espero ,

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