Mulher - 1

Mulher!...

Bem dita,

que és Terra e flor.

Mulher luz…

Mulher calor.

Amor, Mãe…

Ternura e riso

Fonte de vida,

e esperança

Em folha e fruto,

foste criança;

Mulher agora,

meu improviso…

Verso meu,

razão de ser;

Poema…

que não sei fazer.

Arte de traço preciso…

 

Mulher coragem,

Alicerce!

Vida, que não esmorece;

Raio de luz…

Um sorriso teu.

Mulher plena,

Mulher guerreira

Mulher razão,

Mulher inteira

Olá!...

Olá!

Estou a escrever para Ti.

Tu que estás aí…

É para Ti que estou a escrever.

Para Ti que me estás a ler.

E sabes porquê?

Porque sem nunca te ter falado

Ousaste aqui ter entrado

Querendo me conhecer...

Já me leste nalgum lado,

E de alguma forma te terei “tocado”,

Para que viesses até aqui.

Não sei se te fiz rir ou chorar,

Esquecer algo ou recordar,

Mas vieste…

Por isso escrevo para Ti.

E se queres saber quem eu sou,

Sou alguém irónico e mordaz,

Palavras soltas...

Vou só escrever palavras soltas,

Vou Com elas dar umas voltas,

E Quem sabe por aí possa-me encontrar…

Numa retórica empolgado,

Num romance editado,

Ou numa prece…a rezar!...

Quem sabe não me ache numa esquina,

De um texto sovina,

Sem sentido, sem nexo…

Depois de um traço ou travessão,

Numa carta escrita à mão,

Ou sob um acento circunflexo!…

Talvez sentado no acento de uma rima rica,

Isolado que entre aspas fica,

Ou entre parêntesis numa explicação…

no começo do exercicio

Com quadras leves comecei,

E para os seis versos me voltei,

Neste formato que mais me agrada.

Faço Rimar A/A + B

E também com B, termino C/C,

Numa escrita mais cantada.

Assim, deixo voar o pensamento,

Digo que voa nas asas do vento,

E sai-me outro terceto…

Mas foi só metade ainda

Falta-me outro que finda

Mais este outro sexteto.

 

Ou seja,

Rebolo as palavras na minha mão,

Digo que sim pensando não,

E tenho uma rima a preceito.

Não estou triste, tenho saudade;

1 copo para a noite

Transborda o copo devagarinho

Gota a gota

Que no seu caminho,

Me alimentam a inspiração…

As palavras saem correndo,

A cada copo que vou bebendo,

Dando asas

À imaginação.

 

…e sai um ponto, uma pinta.

Reticências…exclamação!

Mais um copo,

E outro ainda,

E há uma nova finta,

Que o tinto dá

À solidão…

 

...Que como o vento,

Sem graça!

Correndo em surdina.

(Pela memória

Que já me é lassa)

Como uma ténue neblina

Entrada...

Vou ser meigo no começo

Mas tudo tem seu preço

Lá para a frente vou-me esticar

Vou dar cor e sabor às letras

Fazer curvas das retas

Quem sabe onde irei parar…

 

Espero não chegar a ser grosseiro

Que melhor uso à tinta deste tinteiro

Certamente poderei dar

Mas só comigo me comprometo

De escrever não tenho medo

Quem não gosta…

Não tem que gostar

 

Falarei de tudo,

e coisa nenhuma.

meias verdades,

e verdade alguma;

sobretudo sobre mim,

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