De incertitudine et vanitate scientiarum

Sicofantas do púlpito.
Sofistas do escárnio.
De joelho, beijam vossa face.
 
Na futilidade das coisas,
esculpem vãs acusações.
Trismegestiando elucubrações.
 
Oras, qual o preço da verdade?
Xenofantiando a imensidão
de meia verdades.
 
Não há moedas, ouro ou preço,
a se pagar pela verdade.
Não há suplícios a eterna-mentira.
 
Não há caminho maior que a verdade.

Pesar

Lá se vai na noite aquele lamento enjeitado
Submerge na maresia de lágrimas tão espatifadas
Calçando a escuridão com uma negrura quase sufocada
 
De pesar esconde-se a face numa tristeza que chega
De emboscada, levita no hospício dos silêncios massificados

Logos

Nem Parmênides;
nem Heráclito!
Tão pouco Tales, 
Anaximandro, Anaxímenes...
 
Sabes, afinal, teu logos?
Logos que está,
Mas não está?
 
Logos, antítese de "palavra";
É o que precisas buscar!
De nada ou tudo, adianta.
 
Não percebes?
Logos aqui está.
Trilha-lo-ia um caminho
 
 
Da escura caverna se libertarás...
 

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