Tristeza

Uma noite sem igual

Este foi o meu primeiro poema. Provavelmente, a pior fase da minha vida, que me lembre e quando surgiu este poema foi um grande desabafo da minha alma, escrito com o coração (ou parte do que restava dele). Este poema tem mais de 10 anos, mas, cada vez que o leio os sentimentos passam todos pelo meu coração, penso que mesmo que viva 100 anos nunca irá mudar....

OUTROS VENTOS

 

Quanta tristeza me invade o coração

Quanta amargura azeda a minha alma

Quanta melancolia me ofusca a emoção

Quanta raiva me invade, em vez de calma!

 

Quanto silêncio de raiva ficou mudo

Por não ter palavras para dizer

Faltam vogais consoantes falta tudo

Que na garganta a dor, teima em conter!

 

Neste pranto, nesta angústia, nesta dor

Navego eu perdido em alto Mar

Nas vagas à deriva, e a seu sabor

O cair da noite

Caí a noite na minha janela
Abrem-se as portas da fantasia
Espalha-se pelo ar o perfume da canela
E pelo chão espinhos em demasia

Acendem-se as velas da imaginação
Arrancam-se os cortinados da alma
Espreita-se por uma fresta do coração
Tempera-se o desejo com óleo de palma

Enfeita-se o céu na madrugada
Com estrelas de fogo de artificio
Dança-se nua na festa sagrada
E tudo volta ao início...

PALAVRA TRISTE

                                         PALAVRA TRISTE

Saudade, palavra triste! Triste de doer!

  Dói no corpo dói na alma, tomando todo o meu Ser!

Só com a sua presença, acaba o meu sofrer!

 

Autora: Madalena Cordeiro                                     

Medo

Medo de ter medo, medo de guardar segredo, medo de cortar o dedo.

Medo de descobrir o segredo, medo de ir, medo de ficar, medo de ganhar,

medo de perder. Medo de se alegrar, e medo de entristecer.

    Medo de tudo, até de amar!  Medo também de não amar!

Medo de entristecer alguém, Medo de alguém me entristecer.

O medo é uma força ruim, atrapalha tudo!

Medo de casar e não dar certo, medo da solidão estar por perto!

Medo de amarrar a rede em lugar incerto.

   Medo do navio nalfragar, medo do avião cair,

EU.

Porque é que é tudo tão negro,tudo sem piada,

Parece que já fiz de tudo,e afinal não fiz nada,

Parece que estou a andar no vazio,

E lembro-me disso sempre que choro ou riu.

Senão consigo chorar por quem me amou,

Será que aqui estou,

Sinto-me no meio da multidão,sozinho,

E isso consome-me devagarinho,

Será este o meu caminho,o meu karma,

Andar sempre no caminho do cano da arma,

Deus é grande,mas neste mundo maior é o dinheiro,

Eu vou pagar caro, para sair disto inteiro.

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