Tristeza

Sangração

Sinto-me tão cheio.
Tão vazio.
Não sei...

Queria rasgar o meu peito
e libertar o que cá dentro mora.
Oprimido deste jeito
não duro mais uma hora.

Ouvi dizer que
de desgosto também se morre.
Meu coração já nem bombeia
o sangue que em mim corre.
                                       [ou corria]

CORAÇÃO FERIDO

                                   CORAÇÃO FERIDO

Oração, melhor ter marcas nos joelhos do que ter feridas no coraçao!

As marcas nos joelhos não dói.        

Mas as feridas no coração só Deus pode curar!

Mas se você orar  e os joelhos marcar...

    Deus vai te curar!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Saudade

A saudade caminha a meu lado
É sombra que não se apaga
Leva-me num cavalo alado
Pela floresta aziaga...

Corre o mundo em meus ombros
Atravessa o oceano amoroso
Repousa nos escombros
Do meu coração doloroso!

Não me deixa... Que sina!
Sussurra-me ao ouvido...
Fala-me da ruína.

Vai-te embora ó Saudade.
Porque fazes tanto alarido?
Que maldade!

TRISTE OLHAR

                                         TRISTE OLHAR

Tristeza no olhar, quantas vezes as pessoas te olharam, criticaram, maltrataram e desprezaram  e sua única reação, foi mostrar a tristeza que machucou sua alma. 

E foi transmitida pelo seu olhar, seu triste olhar, de tristeza no ar!

 

Autora: Madalena Cordeiro

Uma noite sem igual

Este foi o meu primeiro poema. Provavelmente, a pior fase da minha vida, que me lembre e quando surgiu este poema foi um grande desabafo da minha alma, escrito com o coração (ou parte do que restava dele). Este poema tem mais de 10 anos, mas, cada vez que o leio os sentimentos passam todos pelo meu coração, penso que mesmo que viva 100 anos nunca irá mudar....

OUTROS VENTOS

 

Quanta tristeza me invade o coração

Quanta amargura azeda a minha alma

Quanta melancolia me ofusca a emoção

Quanta raiva me invade, em vez de calma!

 

Quanto silêncio de raiva ficou mudo

Por não ter palavras para dizer

Faltam vogais consoantes falta tudo

Que na garganta a dor, teima em conter!

 

Neste pranto, nesta angústia, nesta dor

Navego eu perdido em alto Mar

Nas vagas à deriva, e a seu sabor

O cair da noite

Caí a noite na minha janela
Abrem-se as portas da fantasia
Espalha-se pelo ar o perfume da canela
E pelo chão espinhos em demasia

Acendem-se as velas da imaginação
Arrancam-se os cortinados da alma
Espreita-se por uma fresta do coração
Tempera-se o desejo com óleo de palma

Enfeita-se o céu na madrugada
Com estrelas de fogo de artificio
Dança-se nua na festa sagrada
E tudo volta ao início...

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