Tristeza

PALAVRA TRISTE

                                         PALAVRA TRISTE

Saudade, palavra triste! Triste de doer!

  Dói no corpo dói na alma, tomando todo o meu Ser!

Só com a sua presença, acaba o meu sofrer!

 

Autora: Madalena Cordeiro                                     

Medo

Medo de ter medo, medo de guardar segredo, medo de cortar o dedo.

Medo de descobrir o segredo, medo de ir, medo de ficar, medo de ganhar,

medo de perder. Medo de se alegrar, e medo de entristecer.

    Medo de tudo, até de amar!  Medo também de não amar!

Medo de entristecer alguém, Medo de alguém me entristecer.

O medo é uma força ruim, atrapalha tudo!

Medo de casar e não dar certo, medo da solidão estar por perto!

Medo de amarrar a rede em lugar incerto.

   Medo do navio nalfragar, medo do avião cair,

EU.

Porque é que é tudo tão negro,tudo sem piada,

Parece que já fiz de tudo,e afinal não fiz nada,

Parece que estou a andar no vazio,

E lembro-me disso sempre que choro ou riu.

Senão consigo chorar por quem me amou,

Será que aqui estou,

Sinto-me no meio da multidão,sozinho,

E isso consome-me devagarinho,

Será este o meu caminho,o meu karma,

Andar sempre no caminho do cano da arma,

Deus é grande,mas neste mundo maior é o dinheiro,

Eu vou pagar caro, para sair disto inteiro.

A brincar.

Brinca brinca comigo,que eu brinco contigo na minha casa ou na tua,tanto faz,mas brinca comigo,brinca pode ser na tua,na tua casa,tu brincas comigo eu brinco contigo, tanto faz,na minha,na minha casa,tanto faz,mas brinca comigo,e brincamos os dois,eu brinco contigo e tu brincas comigo,tanto faz.Mas agora já ninguem brinca,nós não brincamos,tu ficas na tua casa e eu na minha,e cada um brinca sozinho. 

Nos teus olhos.

Nos teus olhos me perdi,

Nos teus olhos eu vi,

Que caia num poço sem fundo,

Que caia até ao fim do mundo.

Tocas-te com eles no meu coração,

Corrompido e conspurcado pela traição,

Porque sem o teu ombro para chorar,

Continuo a cair,

Até ao dia que eu voltar,

A  voltar a sentir e a sorrir.

Eu vejo.

Todos os recantos deste mundo,são uma soma agreste, 

 Tens nele cravado os sentimentos com que nasceste e cresces-te.

Com os  pulmões cheios deste maldito ar,

Aprendes-te o que era  ser forçado a gostar.

Nos teus olhos vejo o que é o vazio de um coração que já não sente,

Mas que em tempos sentio.

E na tua cara vejo  as cicatrizes da vingança,

O preço de quem lutou pela mudança.

Por um minuto breve

Por um minuto breve. Uma fração de segundo

Deixaste-me penetrar no teu mundo

Pela porta entreaberta por que me deixaste passar, vislumbrei sonhos, desejos, angústias sem par

Tristezas que bastem mas que queres disfarçar. Que escondes, não mostras, não queres divulgar

No lampejo de uma janela há muito fechada, antevejo a esperança só e abandonada

Não quero partir deixando-te ali ficar. Sozinha sem esperança. Com medo de sair

Por um minuto breve. Uma fração de segundo

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