*A LYRA DE NERO*
Autor: Gomes Leal on Thursday, 15 November 2012Nos seus jardins pagãos, entre archotes humanos,
Na lyra de marfim sobre as cordas douradas,
Nero vinha cantar ás noutes estrelladas,
Elegias d'amor e canticos thebanos.
Essa lyra do Mal que ouviram os romanos,
Que cantou entre o fogo, as casas abrazadas,
E os lutos, os truões, as ceias depravadas,
Que mysterios não viu, medonhos e profanos!
E, no emtanto, apesar da sua historia triste,
Se os tempos tem corrido, a Lyra ainda existe
Do devasso real, do lyrico histrião...