Natureza
Poesia de Outono
Autor: zelia Neves on Sunday, 14 December 2014Nas asas do silêncio
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 26 November 2014
Nas asas do silêncio
E quando penso
que nada passa
assim me expresso
porque a vida se apressa
e tudo resta tal como tudo... o vento levou
tudo,
tudo que se desembaraça da vida
qual argamassa impressa
na semelhança das manhãs
que sorriem descalças
entre a noite e o dia
agora disfarçados
sem enganos esboçados numa promessa
ou palavras de amor repensadas
Eflúvio do Esqueleto
Autor: Luan Soares on Wednesday, 26 November 2014
O esqueleto acabado
Que agora está em paz
Numa dor cortante
Com uma cor vibrante
Abria muito a boca
E explanava a toca.
Mentia como um alguém
Que não temia nada
De ninguém.
O esqueleto estrompado
Que havia sido enterrado
Esquecido, usado e pisado
Não tinha mais um eflúvio.
(Nada mais dele era emanado...)
25 . 11 . 2014
O Universo Recompensa E Despensa.
Autor: Luan Soares on Friday, 21 November 2014
O universo recompensa
E despensa
Um herói de cada vez;
Um dia de cada mês...
Um mês sofrido na miséria.
Um mês tirado pra férias.
O universo, sim,
O universo recompensa
Os heróis de cada tempo.
A mensagem do poeta
Pra cada geração
Não pode ser em vão.
O universo recompensa a impaciência
Paciente
De todos que pediram perdão!...
A Borboleta
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 5 November 2014
A borboleta
Ao fim de muitos dias
assim passados
no casulo intemporal
onde tecemos o ninho da borboleta
lá saimos completando o segredo
tantas vezes reprimido
outras tanto realçado
nas asas do vento que leva
mais um pouco de nós mesmos
perfumando até o tempo dissuasor
com o perfume de cada semente
que choraminga de flor em flor
desprendida poisando
entre mágoas fiéis
Naturalmente, a Natureza em movimento.
Autor: Cesar_23 on Monday, 3 November 2014
Nos nervos que em vasos
Este Alentejo
Autor: bento reis on Monday, 27 October 2014
tão longe o horizonte do sonhador
pequeno pedaço de tela ao abandono
torrando na pele braseiro ao calor
o cheiro do alecrim na terra sem dono
Pátria mãe colo da nossa alma
terra nua que teima em ser bela
sulcos no rosto rugas que à calma
secam o suor de quem a trabalha
Ventos do sul reforçam o orgulho
manifesto puro do ser humano
deste chão imenso ser seu filho
honrar quem nasce alentejano!
Cativeiro
Autor: Frederico De Castro on Monday, 20 October 2014
Cativeiro
De que alimento eu
minha alma,
perdida e sem
mais saber voar
sem voz na oração ousar
perco-me em sussurros
à deriva do teu esboço
esguio esbelto
sempre em alvoroço
sem ter nem ser mais eu
porque me perco
em tua esquina sem remorso
a luz perdeu-se agora
tão fria, tão minha
tão sozinha minha amiga
como está carente
Das Dunas Eu Posso Ver O Mar.
Autor: Luan Soares on Sunday, 19 October 2014
De cima das dunas
Eu posso ver o mar...
As ondas azuis
Dançando sem parar...
Caminho na vasta estrada de areia a me alongar
Com os pensamentos agitando
O espaço do meu altar.
Oh, vibe boa!
Consome o que há de mal em mim...
Oh, vibe boa!
Me afasta do abismo cruel do fim.
15 . 10 . 2014