No princípio eras vazio
Nem tinhas oxigénio
Eras tipo Ricardo Rio
Disseminavas o tédio
Dei-te parte da atmosfera
Até te deixei criar porcos
Dei-te a rosa com pantera
Dei-te pensamentos tortos
A meio tornas-te peça
De fruta num teatro
Ofereci-te até o Leça
Onde nem sobrevive o rato
Discute-se Salazar, uns defendem-no, outros abominam-o e comparam-no a Hitler.
Discute-se a Primeira República.
In, Ativismo Sedentário - 0,49 Poemas sobre Revolução
Percebo pouco de politiquices, confundem-me designações de direitas e esquerdas.
Não queria, mas não deixo de pensar nesses conceitos bem simples e á vista,
como badamerdas.
Tenho medo de ver o levantar do pano.
Que atrás do véu vermelho estão os engravatadinhos enjoados.
Tão lá bem do alto da sua existência, que vêm os nossos pensamentos como esquizitices?
Chega de corrupção
De tanto ladrão
Lá em Brasília (políticos )
Ninguém tem coração.
Chega de sofrer
E de lamentar
Tome uma atitude
E procure mudar.
Qual a solução?
Tô cansado de explicação
Se quer um novo país
Crie um novo coração.
SONETINHO DA ATUALIDADE
Estamos perdidos no desespero e aflição
Manipulados por tantos, enganados
Levados como ovelhas pelas mãos.
Políticos,
São satíricos,
São espíritos,
De porco.
Empíricos,
Analíticos,
Solícitos,
Atrás do voto.
Uns, artísticos,
Outros, críticos,
Tão raquíticos,
De moralidade.
Muito explícitos,
E prolixos,
Implícitos,
Na impunidade.