Política

Protesto

Já todos vimos
Meninas e Meninos
A defender a liberdade
De armas na mão.
Diz-me tu, Sylvan
Horror maior o delas
Ou de quem viu?
Não poderia dizer
Se mais miupe a lente
Da cara ou coroa
Que de costas de frente
Juram a insanidade do seu reflexo
Que de costas de frente
Sofrem a violação espontânea 
Da Liberdade.
DE QUEM? Aliás, pergunto-lhe, 
PARA QUÊ?
Para que sintam na boca o amargo
De a perder?
Para que a tenham de convencer
Novamente

Fome

Eu queria poder ser o mestre cuca do mundo inteiro
Acabar com a falta da alimentação diária
e a diminuta esperança
Preparar pratos salgados e caramelados
Estabelecer o cuidado, cuidadoso
Mestre cuca dos necessitados que ostentam
O título maldito, ingrato
Da fome que não podem saciar
Necessitam mais que braçadas
Neste lamaçal de injustiças
Tantas terras improdutivas
Não se tornam produtivas pela malevolência
Derrubam florestas, não deixam os índios sonharem
Madeira de lei, criar gado
Para tudo importar!

Limpeza Nacional

Reluzente força do amargor que é rasgada pelo raio dessa espada. Sua redenção chegou.
A debilitação de meu suor negro se transmuta em rosas brancas que limpa esse floral ímpio.
Da corrosão de sentimento de injustiça, traremos a paz a esse povo constituído em miséria.
Resplandecente paixão pela vida, assopraremos o pó néscio que é tua persona non grata dessas terras imundas por vossos homens.
Não terás poder sobre às águas que fluem, nem pela beleza dos lírios e nem meu amor patriota pelo meu pobre povo.

POLÍTICA

Gambiarra cheia de asas,
Tem dinheiro nostro voando na instabilidade 
Burritica brasileira ,
Tem muitas palavras que não levam a nada .
Gambiarra nas ações ,intranquilidade nos fatos mostrados

À nação carente de lideres ,
Que morre por todo tipo de fome .

Burguesia

Bem-vindos ao mundo

Encantado da burguesia

O proletariado vai ao fundo

Riqueza é fantasia

 

Há desigualdades e materialismo

Dominação corporativa

Há privados e socialismo

E pobreza é relativa

 

Ignorância leva ao fascista

O moderado fica a pensar

Sem estado não há comunista

Não Sousa

Não Sousa

 

Uma cadela pastora alemã

Ladra quando abro a janela

Olho para ela com uma romã

Ao lume tenho uma panela

 

Não tenho ícones nem heróis

Não sou ninguém para ter um

Embrulho-me em cachecóis

Palavras soam em lugar algum

 

Não sou Guevara, nem capivara sou

Constituintes

Corruptos!
Raptam a cor da bandeira, 
dos quilombos e das sobrancelhas...
 
O verde esperança, que carranca,
nos olhos de miseráveis crianças!
Documentos pastéis, em discursos fiéis!
 
Colarinhos brancos abarrotados
De variáveis pedidos miseráveis...
 
Abarrotados canarinhos,
que neste país,
voam pelo verde-esperança,
Verde lavagem,
estomacal vingança...
 

ressentimento das massas

                                             Canto 01   

Acho que minha poesia é um canto frustrado de cantor  exilado , frustrado por não poder cantar em seu próprio país, sem poder crescer, sem poder cantar, é zumbido de turbinas de avião é pássaro que cantou com o coração é ritmo de savanas tripulado por heróis afro-resistentes é souto no ar é cacofonia de brincantes no horizonte é dor por trás de um sorriso alegre .

                                               Canto 02    

Gente somos nòs

Gente somos nòs

As casas, os montes, os olhares
sao gente(....)
È a gente que là vive.
È a gente que sente.

O trabalho, os campos, os rios
são gente.
È a gente que faz(....)
È a gente que vençe.

O mar, o çeu, os lugares
São gente(....)
È a gente que os domina.
È a gente que os constroi.

A gente somos Pàtria.
A pàtria somos nòs.
E essa gente que nos pisa não são gente.

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