Tristeza
" Memórias entranhadas..."
Autor: Luis Filipe Ginja on Saturday, 22 October 2016O maldito sonho está a interferir. Consigo vê-lo nas ocasionais mudanças bruscas de posição na cama ( como se tentasse arrancar-me as memórias num devaneio do passado ) e no meu coração agitado. O sol, já martela as pedras da calçada, olho por cima do ombro, por uns instantes, enquanto o Céu me atinge como uma cacofonia ( nome dado para a junção de vários sons discordantes e desafinados ) na melodias relutante do canto da primeira ave...
Minha vida em versos
Autor: Solange Pansieri on Tuesday, 18 October 2016Sonhos de criança
pensados na infância
perdidos na estância
mas não na esperança
Assistir televisão
não podia não
um vigiaja
e depois revezava
Bicicleta dividida para três
não tinha como brincar
nunca chegava minha vez
e nada podia falar
Parque de diversão
que grande emoção
alegria no coração
mas não era sempre não
Solange Pansieri
Meu pai
Autor: Solange Pansieri on Monday, 17 October 2016Num certo momento
perdeu os movimentos
restou alguns pensamentos
e gestos para entendimentos
De coisas que queria
de cede que sentia
das lágrimas que caia
da vida que acabaria
Quis ser cremado
pelo cancer avançado
ser todo queimado
o que tinha o dilacerado
O tempo não tem piedade
de repente vem tempestade
temos que engolir a realidade
mesmo sem ter vontade
Solange Pansieri
Meu pai
Autor: Solange Pansieri on Monday, 17 October 2016Um aquário construira
e com os peixes se divertia
quando a saúde permitia
era assim todo dia
Uma doença escondia
muitas dores sentia
mas sempre fingia
que saúde ele tinha
Até que um dia
a dor não suportaria
e toda família
ficaram de vigília
Muito carinho recebia
nas horas de agonia
dos últimos dias
até que partiria
Solange Pansieri
Meu pai
Autor: Solange Pansieri on Monday, 17 October 2016Um aquário construira
e com os peixes se divertia
quando a saúde permitia
era assim todo dia
Uma doença escondia
muitas dores sentia
mas sempre fingia
que saúde ele tinha
Até que um dia
a dor não suportaria
e toda família
ficaram de vigília
Muito carinho recebia
nas horas de agonia
dos últimos dias
até que partiria
Solange Pansieri
Meu pai
Autor: Solange Pansieri on Monday, 17 October 2016Meu pai sentado no banco
sempre pensando
calado no canto
só observando
Nada comentava
enquanto ninguém o provocava
mas quando falava
o bicho pegava
Ele gritava
ninguém reclamava
só se escutava
e o respeitava
Poucas vezes sorria
vontade não sentia
pelo passado,sofria
porque nada mudaria
minha vida em versos
Autor: Solange Pansieri on Monday, 17 October 2016Um segredo guardava
e nunca falava
achava que errava
e se culpava
Tinha pressa de crescer
e o mundo conhecer
pensei que tudo sabia
e passei pelo que não queria
Muito cedo se casou
ao destino se lançou
sua vida atrasou
mas com o tempo se ajeitou
Muitas vezes se perdeu
por mentiras que não mereceu
mas a verdade apareceu
e a justiça prevaleceu
Solange Pansieri
Almas perdidas
Autor: Adriano Rodrigu... on Monday, 3 October 2016Lembrei-me...
Naquela linda tarde de sol
Ô pôr do sol
À beira a mar
A correnteza que levava a água
Dos sons daquelas aves da noite
Do barulho que fazia a multidão
Sem noção
O rumo que tomava a tarde
Rumo a noite
Mas sem lua
E o silêncio tomava conta
A noite era mistério
Diziam-se que ali estranhezas acontecia
A noite ninguém dormia
Pois as trevas propagavam-se
Na noite vazia
Que naquela noite tanto mistério fazia
Os poucos que ali não temiam
Mortos estavam...
Silêncio
Autor: Maria Margarida... on Thursday, 8 September 2016Foi no silêncio que te encontrei...
Nesse mesmo silêncio me perdi.
Brotou em mim um ser desconhecido.
Que me devorou a sanidade.
Apagou-me o sorriso e a curiosidade.
Nele gritei alto minha frustração.
Para no abismo cair.
Porém foi nesse silêncio que renasci.
Que aprendi a amar-me.
Por isso te amo no mesmo silêncio.
Margarida Viveiros (Osíris)