Abril sempre
Autor: franciscomarques on Wednesday, 27 April 2016Abril
cravo
janelas abertas
Ilusão
pedras adormecem
Abril
cravo
eterna esperança
Labirinto
pedras máquinas
Abril
cravo
oásis histórico
Fé
pedras silenciosas
FM
Abril
cravo
janelas abertas
Ilusão
pedras adormecem
Abril
cravo
eterna esperança
Labirinto
pedras máquinas
Abril
cravo
oásis histórico
Fé
pedras silenciosas
FM
Este poema é tão triste,
Que o escrevo a chorar.
Até a felicidade desiste,
De me querer alegrar.
Este poema é tão triste,
Nem sabem porquê.
O poeta só existe,
Quando alguém o lê.
Este poema é tão triste,
Porque nunca foi amado.
O pouco que resiste,
Noutros poemas que tu viste,
Foi tudo inventado.
Este poema é tão triste,
Ao revelar honestidade.
O amor que sentiste,
Nunca o senti de verdade.
Este poema é tão triste,
Hoje sonhei com uma quimera.
As cores da morte são nuas como minha alma.
O som que ecoa só pode ser sentido em minha pele.
Todos os olhares condolentes me matam junto com quem se foi.
Eu preciso de um lugar para me ajoelhar.
Eu quero voltar a ser pequeno,
Tão quanto as flores ao redor do seu túmulo.
Eu tenho medo do meu nome.
O vento sussurra nomes estranhos
Todas as músicas já foram tocadas.
Nada levo além do que os principais acordes.
Sou minha própria música.
Reverbero-me, ouço-me, toco-me.
Inevitáveis óperas pelo céu estrelado;
São tão eternas quanto o passado.
Tudo aquilo que as horas fundaram dentro dos meus alicerces.
A solidão em mim só existe porque o destino não me deixou sozinho.
A solidão é deixada na brisa do outono
Com tantos beijos já perdidos no verão
Nas manhãs tão quentes de breves sigilos
Monólogos da nossa imensidão da noite
No progresso talvez incontrolável do dia
Onde o silêncio, o espaço declaram guerra
Quando os sonhos contemplam a velha lua
De desejos, das estrelas que brilham nos olhos
No despir dos sentidos ao encontro dos meus
Cobrem o chão, a cama com pétalas brancas
Rosas plantadas por mim do nosso belo jardim
Solidão de sonhos, nos beijos perdidos de verão.
O céu cobriu-se de luto.
A natureza pára, chora,
desfaz-se em lágrimas.
Cai um dilúvio lá fora!
Chove desesperadamente
contra a minha janela,
com tanta força, raiva!
Parece que sente…
Que a minha dor é dela.