Ando

Ando às voltas com palavras vazias,

Ideias tolas;

Frases sem sentido,

Sem rima, sem ritmo,

Sem estilo…

 

Balas perdidas bangue-bangueando na minha cabeça…

 

Ando tenso, ansioso, inseguro…

Focado num ponto distorcido,

Desfocado…

Esperando respostas sem querer fazer perguntas

Envelhecendo…

 

Fragmentando meu presente para reunir no futuro

 

Ando olhando para o chão e para o céu;

Para o nada!

Não enxergo a minha frente

E o meu caminho tornou-se pedregoso,

EU DE MIM...

Sou arrimo de mim,

Detetive dos meus passos,

Confidente de minhas inconstâncias.

 

Sou namorado da solidão,

Amante da saudade,

Filho do sexo...

 

Sou minha própria religião,

Crítico dos meus ideais,

Político de minhas atitudes...

 

Sou um complexo de paradigmas,

Um enunciado de sintagmas,

Semente do meu juízo...

 

Sou o que sou... Só...

Entre ser e estar... apenas estou!

 

 

Caminho e Lugar

Siga por aí sem rancor. Vai, pegue suas coisas e leve-as para outros lugares. O que não lhe couber nas mãos, abandone. As coisas têm os seus espaços. Assim como você, elas operam. Cada coisa em seu lugar. Não se preocupe com o que ficou: Os pertences são como gavetas que guardam histórias dentro de si mesmas. Se quiser ser livre, pertença a poucas, ou quem sabe, raras coisas. O que deixar pra trás contará sempre algo sobre você. Em cada momento, algo diferente. De resto, seja livre!

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