a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Monday, 5 September 2022a sombria paisagem que divisei através dos eventos malvados que zurziram a minha compleição; que programaram os meus traumatismos; que subverteram a textura da minha prolongada inocência.
Eu odeio o conhecimento
Autor: Reirazinho on Sunday, 4 September 2022Eu odeio o conhecimento.
Maldita Eva saciadora da fome,
O fruto mais amargo: a promiscuidade.
Promíscua porque traiu o senhor.
Provou o que não deveria,
Pois agora, a humanidade se nauseia.
Vomita contradições do entendimento,
Somos regurgitos de ideias difusas.
Certo, errado, bem e mal, bonito e feio;
Todo conhecimento é um veneno,
Nossa cauda é o chocalho da cascavel
E as presas, são os livros.
DENTRO POR FORA
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 3 September 2022Sem propósito?
Autor: Reirazinho on Saturday, 3 September 2022Mataremos a morte
Autor: Reirazinho on Wednesday, 31 August 2022Permites tua folha cair da relva,
Rastejes vossa foice no submundo,
Na aflição acomete-se plebe selva:
Hades — trono do sórdido inframundo.
Sê Cronos: devores a tua pelta,
Alma morta no terreno profundo,
Encontra sem escudo lá no delta:
Naufragando na terra-moribundo.
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 31 August 2022haja uma grande determinação que origine faúlhas espantosas que promovam a harmonia; que adestre os nossos desvarios nas viagens ao cerne de nós próprios; que engendre perspetivas renovadas quando cruzamos lugares já antes transitados.
Compasso
Autor: Reirazinho on Wednesday, 31 August 2022RETOMANDO O RUMO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 30 August 2022
reler a luz
provisória dos esboços
como se apura
o pus
nas feridas das trevas
-paisagens difíceis
entre cipós revoltos
(como ninho de najas)
a confundir
o mérito desses versos
com incontestes
desvios de rumo
em que o poeta
se supera e retoma
o mérito
de não recuar
à sua pretensão
de esteta de palavras
e pacato artesão
a falésia desmedida
Autor: António Tê Santos on Monday, 29 August 2022transporto arrebatadas sensações que respiram os meus enovelados ferimentos; que se introduzem numa poesia que envolve dizeres auspiciosos; que origina os pareceres da experiência e da renovação.