Natureza

COSMOVISÃO

Deixai-me ouvir a voz que sussurra em  minh’alma

E as cachoeiras que choram águas na natureza...

Prados e bosques sentem no frio dos ventos

A algazarra dos pássaros que cantam solitários

Melodias em que o crepúsculo convida a aurora

A bailar perante o rubro arrebol que desperta e morre...

 

Deixai-me escutar o mar que joga bravias ondas

Sobre as pedras insensíveis do pálido litoral

Que boceja suas ingratidões sobre tapetes de areia...

Tempestades de emoções inundam no calor das noites

Viemos Em Paz Mas Não Somos Covardes...

Onda com onda
O mar bate a tarde. 
Vento com vento,
Não somos covardes...
 
O mar nos traz paz,
Nos lembra a amizade!
Os sonhos batem
Batem com vontade...
 
Os dias passam,
Passam com a vaidade.
Vida com vida
Nos pensamentos
 
Eterna ferida.
Eternos momentos.
Chega uma hora que a gente admite
E explode como dinamite!

Nas asas do silêncio

Nas asas do silêncio
 
E quando penso 
que nada passa
assim me expresso
porque a vida se apressa
e tudo resta tal como tudo... o vento levou 
tudo,
tudo que se desembaraça da vida
qual argamassa impressa
na semelhança das manhãs 
que sorriem descalças
entre a noite e o dia
agora disfarçados
sem enganos esboçados numa promessa
ou palavras de amor repensadas

Eflúvio do Esqueleto

O esqueleto acabado
Que agora está em paz
Numa dor cortante
Com uma cor vibrante
Abria muito a boca 
E explanava a toca.
Mentia como um alguém
Que não temia nada
De ninguém. 
O esqueleto estrompado
Que havia sido enterrado
Esquecido, usado e pisado
Não tinha mais um eflúvio.
 
(Nada mais dele era emanado...)
 
25 . 11 . 2014
 

O Universo Recompensa E Despensa.

O universo recompensa 
E despensa
Um herói de cada vez;
Um dia de cada mês...
Um mês sofrido na miséria.
Um mês tirado pra férias.
 
O universo, sim,
O universo recompensa
Os heróis de cada tempo.
A mensagem do poeta
Pra cada geração
Não pode ser em vão.
O universo recompensa a impaciência 
Paciente
De todos que pediram perdão!...
 

A Borboleta

A borboleta
 
Ao fim de muitos dias
assim passados
no casulo intemporal
onde tecemos o ninho da borboleta
lá saimos completando o segredo
tantas vezes reprimido
outras tanto realçado 
nas asas do vento que leva
mais um pouco de nós mesmos
perfumando até o tempo dissuasor
com o perfume de cada semente
que choraminga de flor em flor
desprendida poisando
entre mágoas fiéis

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