como uma árvore obscura
corei o dia perdido
decidi-me pela usura
porquanto passava o estio
da torrente e do frio
que se fizeram correntes
como uma ausência
ou sentimento tardio
de venura e de pungente
urgência...
Conseguirás o que queres se tentares
Resistirás todo o caos se resiliência tiveres
Comprarás tudo o que o dinheiro não cumpre
Enxurdarás amor por todos ao teu redor
Lançarás ao divino agradecimento por tudo
Não haverá pestilência em teu lavro
Crescerá frutos tão bons quanto a ti
o bálsamo para as mágoas avista-se na fisionomia do trovador quando as suas mãos comprimem as ínvias veredas que teve de seguir para se proteger da dança cismática da existência e para legar à alma os rumores generosos das suas utopias.
mãos cobrem os choros
-as dores contêm
e não se entregam
se cortadas forem
mãos não se confundem
com garras
pois de suas sutilezas
resultam-se, porém
amáveis gentilezas
mãos cumprimentam
e saúdam
e são hábeis também
para afagar
aqueles sem álguem
as inequívocas revelações que me convêm para derrubar tantos obstáculos com um zelo que assevera os meus exames frutíferos: são trechos confinam com a minha solidão; são lágrimas que evaporo com o desembaraço dum triunfador.
DESABAFO
alimento vocábulos que remontam as minhas utopias para se firmarem no centro das efusões poéticas; e que fomentam a hospedagem dos meus préstimos num edifício lógico onde sobressaem os meus valores e os meus ressentimentos.