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Tristeza

Minha Pandemia

Minha Pandemia

 

É recheada de horas mortas sem lugar para as enterrar.

Fico à deriva de falar com alguém mesmo que seja numa tela.

Que nem dá para ver direito os olhos!

Visto que eles dançam como estivessem na chuva perco o assunto… entristeço… de saudade!

 Quero abraçar os meus filhos, os meus netos.

Quero a viver!

Sinto-me amordaçada, sem hipótese de revoltas.

Amor e não guerras, protestos que marcaram a minha adolescência.

Sem sol na quadra de vôlei. Nem filosofias no boteco.

Minha tristeza

O tempo que vinha
as duras penas e cantarolado
trouxe o amor em medidas pequenas
que brevemente acena.
horas e tempo, em viagem insana.
Se o tempo bom, ainda vier
vou preparar mais um lugar a mesa,
esquecer toda rapinação ao meu castelo
ao meu império de sobrevida e fortaleza
Esperança de viver tão grande amor?
Não, os tempos são dores anormais
e o amor é um antídoto, em frasco vazio
Agora não o encontro tão facilmente
Eu sonhava durante anos ,
Quando então me acordaram,

Fantasmas

Luzes
Um ultimato desordeiro
Onde caminha o amanhecer
Andam os olhos desalinhados
Antes de morrer

Perecer
Um tanto pelo pecado
Cristal mal desenhado
Afinal se tornou vidro quebrado
Vida ao amanhecer!
Como não há esboço
Nem obra prima a oferecer

Partiu por isso,
Um navio no oceano ao alvorecer
Me reconheci entre passageiros
Fantasmas
Mas não pude entre os passageiros
Do navio, meu amor fantasma reconhecer.

Oceano da solidão

Conto os dias de forma aguda
Na amplitude do meu eu avaliar
Tão mansinho, toda prosa mal resolvida
Urgente ouvir, solucionar.
Me perco na matemática
De muitos ou pequenos
Números não contar,
Sim, subtrair a introspecção imediata
Da vida melancolia, inexata à explicar.
Os beijos não aprofundados a sentir.
Conto os dias, tento o sorrir alargar!
De forma mais profunda e plena!
De labirintos submersos na vida a
Surgir,
Ainda há palavra salvadora: vença!
E como diz o escrito inspirado:

Rejeitado

Hoje pego na lapiseira
Para falar da minha miséria
Isto não é brincadeira
É também um facto de uma mulher zungueira
 
Só um ser rejeitado
Sinto-me ligeiramente abandonado
Como aquele que sofre com sentimento e silêncio calado
meus estudos não valem nada
Quando olham para mim dizem que sou um nada
Sou aquele que nada aonde o mar não passa
 
Estou sempre a esquerda
Não consigo me endireitar
Só faço asneira
Não tenho nenhuma carreira
O meu destino é sempre estreito

Poética

Não tenho nem a pequenez
da poética perfeita,
por ser esquálido e carente
este sentimento ainda por anotar
nas paginas do meu
dicionário imperfeito.
Minha sagacidade diminuta,
quero ter esta poética pequena
dentro de pequenos bolsos
quero pela vida ter mais apreço...
vida,
membrana protetora da minha alma
me alimento da paisagem e do tempo passado
pássaros alegram esse triste momento.
Tem tanto anjo
E nem um conheço
Talvez é pela má fé,
que estou deperecendo,

Covid

Concordância .
Sinto na ausência da liberdade ,
Sem um mundo de possibilidades .
A espera sem fim por mais sorrisos,
Ultimamente estamos vivendo de improviso
E a esperança, que envelhece e não morre,
Deus meu ,Deus meu nos socorre !
O amor que se transmuta e usa uma nova blindagem
Por constantemente desinfetar: o espelho, o presente a embalagem
Concordância dos órgãos naturais em não sofrer.
A esperança e a fé vão ainda crescer,
Os humanos não mudaram de endereço ,
Não desanimaram ainda, vidas que não tem preço

Silêncio

Almas coragem, eivadas,
Da lavoura, das espigas,
Pelas terras desbravadas
Onde sobravam fadigas.

Desafiando a pobreza
Que era sua companhia,
Como a fome e a tristeza
Disfarçada de alegria.

Ontem cansaço e pranto
E o esforço nas enxadas,
Hoje, almas em descanso
E terras abandonadas.

E nos campos ao desdém
Acariciados pelo vento,
Ninguém era Pedro Sem,
Pois só o céu dava alento.

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